quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Treinamento de finalização - Milan Junior Camp Salvador

No periodo de 07 a 13/12/2008 o diretor técnico do Arte nas Quadras, Ailson Santana está participando como treinador do Milan Junior Camp Salvador, que está sendo realizado no Bahia Plaza Resort, na Praia de Busca Vida (Camaçari - BA). Trabalhando juntamente com outros dois treinadores na categoria sub 08, sendo que cada um dos três é responsável por um dia de treinamento. O diretor técnico Ailson Santana ficou responsável pelo treinamento do dia 10/12/2008, que tinha como principal conteudo o fundamento técnico finalização.
Na foto (da esquerda para direita em cima) o Diretor técnico do Arte nas quadras Ailson Santana, o professor Maximiliano, o técnico das divisões de base do A.C. Milan Davide Gatti e o professor Matheus. E os membros da categoria sub 08 do Milan Junior Camp Salvador 2008.
O treinamento desenvolvido por ele para está sessão é o objeto desta postagem no blog do Arte nas Quadras. A sessão de treinamento foi planejada para aplicação em três partes sem divisões na sua aplicação:
  • Aquecimento;
  • Educativos;
  • Jogos situacionais.

AQUECIMENTO

Condução de bola com mudanças de direção, sendo de as mudanças realizadas na forma de um drible, conforme a relação abaixo:

  1. Estilo Cruyjff;
  2. Mudança brusca de direção (corte);
  3. Spin (ou 360º).

EDUCATIVOS

  • Finalização com a bola parada (10 min);
  • Finalização com a bola sendo jogada para frente e o aluno chutando no gol, após ela bater e rolar no chão (10 min.);
  • Finalização com a bola seno jogada para cima e o aluno chutando chutando no gol, após ela bater no chão uma vez (10 min).

JOGOS SITUACIONAIS

  • Situações 1v1 com goleiro e pressão do tempo (15 min.);
  • Situações 2v1 com goleiro e pressão do tempo (15 min.);
  • Situações 2v2 com goleiro e pressão do tempo (15 min.);
  • Situaçoes 3v3 com dois goleiros e pressão do tempo (03 min. cada partida ou dois gols marcados/sofridos).

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O Pressing ou jogo dominante – 1ª parte

Diversos autores afirmam que o “pressing” ou marcação de pressão (como preferem alguns autores e treinadores brasileiros), surgiu na Holanda em meados dos anos 60 do seculo XX, por influencia de Rinus Michels (técnico do Ajax de Amsterdã e da seleção holandesa) tidos por muitos como o “pai” do Futebol Total. O Futebol Total foi a sistematização do jogo de futebol que ficou conhecida mundialmente como carrossel holandês, cujo evento no qual se deu sua maior visualização foi a Copa do Mundo de 1974. Quando atribuo a este evento especifico a sua maior visualização, o faço porque pelo menos três anos antes esta sistematização (ou melhor, dizendo padrão de jogo), através do Ajax vinha dominando o futebol europeu (três Copas dos Campeões consecutivas, de 1971 a 1973), mas a velocidade de transmissão das informações na época só possibilitou sua “descoberta” no Mundial de 1974. A meu ver o grande feito de Michels foi trazer para o jogo formal, a característica defensiva do futebol jogado nas ruas, tão comum antigamente e atualmente em vias de extinção. No futebol de rua normalmente as equipes atacam continuamente não há o recuo para que o adversário jogue (ou possa jogar), o referencial do jogo (ou se preferir objeto de disputa) a bola está em constante movimento, mudando de “dono” a cada lance (ainda que momentaneamente) a cada disputa. As crianças não guardam posições não obedecem a esquemas ou padrões de jogo, apenas correm atrás do seu objeto de desejo no ambiente lúdico do futebol de rua. Mas inconscientemente durante o jogo na rua, eles têm comportamentos “táticos” definidos em comum acordo entre os membros do “time”. O mais hábil tecnicamente fica responsável fica responsável por criar/armar as jogadas ofensivas, mas tendo tanta responsabilidade defensiva (ou marcar como preferem alguns técnicos) quanto os demais. Aqueles de técnica “mediana”[i] também participam ativamente dos processos de disputa (posse/perda/recuperação) não se excluindo as ações de armação/criação. Transportando para a seleção holandesa de 1974, o mais hábil era o camisa 14, Johan Cruyjff e as demais peças da equipe seriam os nossos “medianos”. Retornando ao futebol de rua podemos claramente perceber os elementos do “pressing” se analisarmos a vivência lúdica das crianças. Ao correr em massa buscando obter a posse da bola elas exercem a pressão zonal, ainda que inconscientemente. O portador da bola, por melhor que ele seja tecnicamente vê o espaço disponível para uma ação de desmacação, drasticamente reduzido e suas possibilidades de interação com os membros da sua equipe (time) igualmente reduzidas. Na próxima postagem discutiremos o pressing no futsal e começaremos a analisar suas possibilidades/técnicas de ensino. [i] Por técnica mediana entenda-se, o jogador não ser um virtuose e não um jogador de baixa qualidade técnica.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Reflexões sobre a iniciação e formação de atletas de futsal no Brasil

Nas aulas de Educação Física escolar muitos professores descompromissados com desporto escolar e com sua própria profissão, utilizam da ludicidade tão alardeada nos últimos anos, para transformar o futsal (desporto no qual focamos nossas discussões) “pedagogizado” (uma vez que este está inserido no ambiente escolar) em uma pálida cópia do futebol jogado nas ruas. O professor de Educação Física muitas vezes justifica esta ausência de uma metodologia clara para o processo de ensino/aprendizagem da modalidade futsal, utilizando os argumentos de que a escola não é o local para formação esportiva ou que está utilizando o método global de ensino (quem dera eles soubessem, que teriam que interferir na prática dos alunos, bem mais que só aplicar as regras e controlar os times que esperam a de “fora”. Em momento algum estou desmerecendo as ruas enquanto espaço de ensino/aprendizagem e grande formadora de talentos para o futebol/futsal em escala mundial. KROGER e ROTH (2006, pg. 08) afirmam sua importância quando citam que:

“Como deve ser a creche esportiva dos iniciantes? Qual deve ser a forma de iniciação? Qual o caminho correto para poder jogar e possivelmente ter também uma carreira no esporte de alto nível? Há muito tempo essas questões se responderiam por si próprias. As creches esportivas eram em regra geral, a rua, os parques, as praças, os pátios das escolas, as praias, os campos, as várzeas etc. Habilidades como quicar a bola, receber, lançar, passar e chutar eram parte da motricidade geral e diária das crianças (...)”

Mas a meu ver o esporte quando pedagogizado deveria fornecer no nível de aprendizado bem mais que o ambiente empírico e experimental das ruas. As escolas de iniciação dos clubes também não contribuem muito para a formação técnica e tática no futebol e futsal. Se a escola formal erra em não fornecer (pelo menos intencionalmente) nenhuma “bagagem” do ponto de vista da técnica e da tática, as “escolinhas” de iniciação eram em fornecer esta “bagagem” de maneira descontextualizada. As necessidades mercadológicas com a “fabricação”, exposição e venda de jogadores cada vez mais novos transforma um método de ensino/aprendizagem que a meu ver já era controverso em inadequado para as necessidades da formação dos atletas das categorias menores. A isto soma-se a busca cada vez mais freqüente da carreira como esportista (destacando aqui o futebol e o futsal) como uma alternativa aos pais, pondo os seus filhos cada vez mais precocemente nas “escolinhas” de iniciação. Novamente KROGER e ROTH (2006, pg. 08) trazendo transcrições de depoimentos dados a eles por atletas de destaque em varias modalidades esportivas entre elas o futebol, citam que as citações dos depoimentos servem de amostra para confirmar que muitos dos nossos “artistas da bola” eram jogadores universais, isto é não eram precocemente especializados como hoje. Estas necessidades mercadologias fazem com que os professores e técnicos das categorias menores tenham uma preocupação excessiva com a tríade exposição/aquisição/assimilação dos conteúdos técnicos e táticos, por parte dos jovens atletas e alunos. Diante das limitações decorrentes da idade cronológica e maturidade biológica, opta-se pelo fracionamento dos mesmos em ações técnicas e ações táticas (lembram-se do método parcial?), mas sem tentar criar uma conexão entre ambas durante o processo de ensino/treinamento. Depois para compensar buscam tentar interligar-los por meio de atividades com foco no método misto ou os famosos “coletivos”. O claro exemplo do fracasso desta proposta de ensino é o declínio técnico dos nossos jogadores e clubes de futebol. Muitos atribuirão isto ao êxodo dos jovens talentos do futebol nacional, mas esquecem que uma boa parte deles retorna depois de poucos anos, por não terem conseguido se adaptar ao estilo europeu de jogar. A realidade é que não foi um caso de dificuldade de adaptação a um estilo tático, mas a incapacidade do jogador oriundo das “escolinhas” em realizar aquilo para o qual foi contratado, decidir as partidas e por o seu talento individual a serviço da equipe, algo que costumo chamar de inteligência de jogo. E a razão pela qual isto acontece é clara, em nenhuma das duas situações (a escola formal e a de iniciação esportiva) a inteligência de jogo ou como preferem alguns o raciocínio do jogador/atleta não é desenvolvido. Na primeira situação a inteligência de jogo não é desenvolvida, pois se na rua se aprende pelo elevado número de horas de prática (implicando em um altíssimo número de repetições), uma vez que na rua se joga por horas a fio, todos os dias. Enquanto na escola formal apenas 50 ou 60 minutos por semana. Já na segunda situação o aluno/atleta na maioria das vezes tem toda a bagagem técnica (como fazer) e toda a bagagem tática (o que fazer), mas perde muito tempo decidindo qual das opções no seu “vasto” repertorio se encaixa na situação (quando fazer). As alternativas a este problema começaremos a discutir na próxima postagem – O ensino das triangulações em quadra. Referencias Bibliográficas:
KROGER, C. ROTH, K. Escola da Bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. 2ª Edição, Phorte Editora, 2006.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ensino das triangulações em quadra - 1ª parte

Quando observamos o jogo de futsal buscando entender as movimentações e como ocorrem as jogadas fantásticas que acontecem na quadra, muitas vezes nos perguntamos como será que ele sabia que deveria estar ali? como eles se entendem tão bem em quadra se só começaram a jogar juntos este ano?
Algumas vezes isto ocorre devido a padronização do jogar (como dizem os portugueses) ou estilo de jogo, que muitos treinadores insistem em colocar em suas equipes, trazendo para isto as peças de sua equipe anterior ou jogadores com características similares.
O lado ruim do paragrafo anterior é que muitos treinadores não aproveitam os jogadores da base existentes nos novos clubes aonde chegam, que poderiam resultar no aprimoramento do padrão de jogo utilizado pelo treinador e diminuição dos custos com a montagem do plantel a ser utilizado na temporada, que poderiam significar lucros para o clube no final de uma temporada vitoriosa. Porém devemos ponderar que no nosso país não temos uma cultura de planejarmos a longo prazo, que imposibilita aos treinadores desenvolver os talentos vindos da base e mesclar-los com alguns jogadores mais experientes, visando montar equipes competitivas com custos não tão elevados.
Agora voltemos o foco ao assunto desta postagem o ensino das triangulações em quadra, muito atletas são preteridos nas equipes de base pela sua dificuldade não técnica, mas pela sua dificuldade em acompanhar a velocidade em que se desenvolve as ações de jogo na equipe na qual joga. Não me refiro aqui a velocidade como componente da preparação física e sim a velocidade de jogo segundo afirma José Mourinho (ex-técnico do Porto, Chelsea e atualmente na Internazionale):
" A velocidade tem dois aspectos que são completamente diferentes: a velocidade da bola e a velocidade dos jogadores. A velocidade da bola tem a ver com um bom jogo posicional, uma boa leitura de jogo, grande capacidade de utilizar indistitamente os dois pés, um bom primeiro toque, um bom controle e um boa qualidade de passe. Mais importante do que a velocidade dos jogadores sem a bola é a velocidade de circulação da bola."

Os autores do livro Mourinho - Porquê tantas vitórias tecem um comentário sobre a citação do técnico José Mourinho:

"O importante para José Mourinho é encontrar um velocidade coletiva, onde cada jogador terá de descobrir a sua própria velocidade. O treinar serve para isso mesmo: para o jogador descobrir a que velocidade máxima é capaz de ser preciso. quem não conseguir descobrir esta velocidade dará mais rapidamente a bola ao adversário e, isso sim, é o contrário de ser veloz!"

As triangulações são ações táticas que podem surgir naturamente entre jogadores que jogam, ainda que não taticamente (ver o futsal recreativo) durante muito tempo juntos e passam a perceber as repetiçoes nas ações técnicas e deslocamentos do companheiro (a).

O treinamento tático bem planejado e bem feito pode acelerar este processo quando o técnico ou responsável pelo treinamento técnico da equipe procurar estabelecer um bom jogo posicional (orientação do posicionamento em quadra) de modo aos jogadores desenvolverem a percepção do local aonde o companheiro deverá passar ou estar. Isto somado a capacidade de visão do jogo, que permitirá ao jogador de posse da bola encontrar alternativas quando a "via preferencial" estiver bloqueada ou inviavel para continuidade da situação tática.

Na continuidade desta postagem apresentaremos algumas variações das traingulações ofensivas para as equipes das categorias menores.

domingo, 20 de julho de 2008

Planilha de treino 15/07/2008

Aquecimento

  • Alongamento;
  • 05 minutos de corrida (em ritmo moderado) em local plano.

Preparação física 1ª parte (Ladeira externa ao Getulio Vargas)

  • 15 tiros em velocidade até a metade da ladeira (sobe correndo e volta para a base correndo [1], dar um intervalo de 1 min. entre cada tiro (ida e volta));
  • 15 tiros em velocidade até o topo da ladeira (sobe correndo e volta para a base correndo [1], dar um intervalo de 1 min. entre cada tiro (ida e volta)).

2ª parte

  • 2x30 abdominais reto;
  • 2x30 abdominais com rotação;
  • 2x10 flexões de braços (apoio).

Aprimoramento tático 01 Atividade 01 – Jogos situacionais (intervalo de 01 minuto entre as series) 1. Situações 2v1 (06 repetições de 3 minutos com alterações dos atletas); 2. Situações 3v2 (06 repetições de 4 minutos com alterações dos atletas). Aprimoramento tático 02 Atividade 02 – Jogo 5v4 com blocos de marcação tentando fazer o 2 [2] em 1, no homem da bola e sair em contra-ataque (10 min. cada grupo feminino) [3].

Treinamento de goleiro Pegada na bola

  • 2x20 Pegada baixa;
  • 2x20 Pegada média;
  • 2x20 Pegada alta.

Deitada em decúbito dorsal [4]

  • 2x20 Levantando (sentando) para pegar a bola chutada;
  • 2x20 (cada lado) Levantando (sentando) e depois caindo lateralmente para pegar a bola chutada.

Em pé

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho);
  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do abdome);
  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho) com deslocamento lateral.

[1] Correr na máxima velocidade possível na subida e na descida. Na mudança de direção não existe parada só um pequeno giro. [2] Equipe com 04 atletas (feminina), a equipe com 05 atletas fará marcação passiva. O grupo com 05 jogará sem goleiro, mas 01 dos 05 poderá também executar esta função. A equipe de 04 joga com goleiro. [3] Tentar repetir mais de uma vez. [4] Ensinar a posição de proteção para colisão com o adversário.

sábado, 19 de julho de 2008

Planilha de treino 19/07/2008






Aquecimento

  • Alongamento
  • 05 minutos de corrida em ritmo moderado (local plano)
Preparação física
  • 2x15 agachamentos com barra / 2x10 tiros de 20 metros;

  • 2x15 agachamentos ”a fundo”/ 2x10 tiros de 30 metros;

  • 2x15 supino reto;

  • 2x15 “pull over”;

  • 2x15 elevação lateral (goleiros).

Aprimoramento tático

Movimentação em quadra (rodizio pelas alas (quadrado, cruzada e losango)) - (06x10 min. cada grupo).






Treinamento de goleiro




Pegada na bola


  • 2x20 Pegada baixa
  • 2x20 Pegada média

  • 2x20 Pegada altas

Defesas altas [1]

  • 2x20 (nas três direções (direita,centro e esquerda) A bola é lançada para o alto e depois o goleiro salta buscando pegar ela no ponto mais alto .

Em pé

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho);

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do abdome);

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho) com deslocamento lateral.

Quedas(Educativos)

  • 2x20 Parada


  • 2x20 Com deslocamento

[1] Ensinar a posição de proteção para colisão com o adversário.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Planilha de treino 17/07/2008

Aquecimento

05 minutos de corrida (ritmo moderado) em local plano









Preparação física
  • 15 tiros em velocidade até a metade da ladeira (sobe correndo e volta para a base correndo [1], dar um intervalo de 1 min. entre cada tiro (ida e volta))

  • 15 tiros em velocidade até o topo da ladeira (sobe correndo e volta para a base correndo [1], dar um intervalo de 1 min. entre cada tiro (ida e volta))

[1] Correr na máxima velocidade possível na subida e na descida. Na mudança de direção não existe parada só um pequeno giro.



Aprimoramento tático 01

Atividade 01 – Jogos situacionais (intervalo de 01 minuto entre as series)

1. Situações 3v2 (04 repetições de 5 minutos com alterações dos atletas);
2. Situações 4v3 (04 repetições de 6 minutos com alterações dos atletas).







Aprimoramento tático 02

Atividade 02 – Jogo 4v5 com blocos de marcação tentando fazer o 2
[1] em 1, no homem da bola e sair em contra-ataque (10 min. cada grupo feminino)[2].


[1] Equipe com 04 atletas (feminina), a equipe com 05 atletas fará marcação passiva. O grupo com 05 jogará com goleiro. A equipe de 04 joga sem goleiro, para que seja consignado o gol o grupo com 05 jogadores deverá cruzar com a bola dominada uma linha demarcada a 08 metros da linha de fundo.

[2] Tentar repetir mais de uma vez.


Treinamento de goleiro

Pegada na bola

  • 2x20 Pegada baixa;

  • 2x20 Pegada média;

  • 2x20 Pegada alta.

Sentado [3]

  • 2x20 (cada lado) sentado e depois caindo lateralmente para pegar a bola chutada.

Em pé

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho);

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do abdome);

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho) com deslocamento lateral.

[3] Ensinar a posição de proteção para colisão com o adversário.




sábado, 12 de julho de 2008

Planilha de treino de 12/07/2008

O treino de hoje foi dividido em duas partes principais: a parte de preparação física e a de preparação tática.

A parte de preparação física foi realizada em dois momentos. Um composto por exercícios combinados de força e velocidade, seguidos de exercícios para os dois maiores grupos musculares da região do tronco (o peitoral e as costas).
Os exercícios combinados de força e velocidade consistiram em :
  • 2 séries de 15 repetições de agachamentos com barra, seguidos por 2 series de 15 tiros de 20 metros. Cada série de agachamentos foi seguida por uma de tiros em velocidade;

  • 2 séries de 10 repetições de agachamentos "a fundo" com barra, seguidos por 2 séries de 10 tiros de 30 metros. Cada série de agachamentos foi seguida por uma de tiros em velocidade.










Os exercícios de força para os grupos musculares:

  • 2 séries de 15 repetições para o supino reto;

  • 2 séries de 15 repetições para o "pull-over"

A parte da preparação tática constituiu em exercícios de reconhecimento e fixação da mecânica do padrão de jogo. Basicamente podemos explicar que a equipe trabalhou em suas duas formações "A" e "B" com os três modelos de rotação que utilizamos (ou utilizaremos nesta temporada) o rodizio pelas alas, o rodizio "cruzado" e o "redondo".

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Aula inaugural do núcleo de Praia do Forte

No dia 03/07/2008 , Coordenador Ailson Santana e o professor Anderson Costa, promoveram a aula inaugural do núcleo no Litoral Norte do Estado da Bahia. Na Escola Municipal de Malhadas, uma comunidade proxima ao famoso balneario baiano.
As 17:00h tiveram inicio as atividades do núcleo com o professor Anderson Costa tendo uma breve conversa com algumas das alunas presentes sobre os objetivos do trabalho que será desenvolvido pelos profissionais do Arte nas Quadras. O professor Ailson Santana também falou sobre as dificuldades a serem enfrentadas por elas no decorrer do caminho, citando o exemplo de grupos vitoriosos com que trabalhou como a seleção baiana de futsal feminino, a extinta UNEX (tricampeã baiana invicta) e o grupo do Arte nas Quadras que atualmente compete em torneios abertos de Salvador.
Logo após estas breves conversas, dando inicio as atividades propriamente ditas, elas correram ao redor da quadra em ritmo moderado durante 10 minutos.
Esta primeira atividade tem como objetivo promover a melhoria do condionamento fisico inicial, a nível dos sistemas cardiovascular, respiratório e muscular.

Após um intervalo para reposição hidrica e recuperação, teve inicio o aquecimento com a quadra dividida em três "aquarios" nos quais as alunas/atletas, realizaram um educativo de manutenção da posse de bola frente a marcação em situações 2v1. O educativo teve 05 (cinco) séries de 03 (três) minutos cada uma, com alternancia das atletas que exerciam a função de marcador.

Novo intervalo para hidratação e recuperação foi dado. No retorno começou os educativos de aprendizado e aprimoramento técnico com exercícios envolvendo os fundamentos passe e recepção. Na continuidade foram realizados exercícios de coordenação de movimento para os membros inferiores.

As atividades foram encerradas com jogos em espaço reduzido 3v3 sem goleiro, para melhor observação do nivel de técnico e conhecimento tático previo das alunas/atletas.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Planilha de treino 25/06/2008

No retorno do recesso de São João (07 dias) teve inicio o processo de preparação para a segunda competição do ano de 2008.

Em um percurso de 50 metros dividido em dois sub-percursos, tendo um deles 30 metros e o outro 50 metros.

No trabalho combinado de força e velocidade, realizou-se um treinamento combinando exercicios de agachamento com tiros de curta distancia, visando simular as distancias comuns nos deslocamentos em quadra. O treinamento consistiu em:
  • 15 repetições do exercicio de agachamento simples + 15 tiros de 30 metros;

  • 15 repetições do exercicio de agachamento "a fundo" + 15 tiros de 50 metros.

Seguidos de exercicios para os grandes grupos musculares do tronco:

  • 15 repetições do exercicio supino reto;
  • 15 repetições do exercicio "pull-over" com medicinebol.

A parte de treinamento técnico basicamente se centrou em exercícios para aprimoramento do fundamento condução com variações de velocidade:

  • Condução da bola em um percurso de 30 metros (ida e volta) com realização da mudança de direção "stop and turn" (2 séries de 20 repetições);

  • Condução da bola como variação da velocidade em função das cores dos cones (acelerar no vermelho, reduzir nas outras), inicia-se em baixa velocidade nem percurso de 5 a 8 metros e depois acelera em um percurso de 10 a 12 metros (3 série de 15 repetições).





Finalizando realizou-se um educativo enfatizando a recepção, controle de bola e situações 1v1. (3 séries de 15 repetições).



domingo, 22 de junho de 2008

Preparação física: diferencial ou não?

Ao assistir o jogo Holanda x Rússia, valido pelas quartas de finais da Euro 2008, pude perceber que alguns questionamentos que me fazia anos atrás ainda são atuais.
Durante muitos anos mesmo após ter me formado sempre tive dúvidas sobre qual era o melhor modelo/metodologia de preparação para ser adotado por mim, no processo de preparação física das equipes em que era responsável pela preparação física. Quando me graduei em meados de 2001, as publicações sobre a escola russa de treinamento desportivo eram a novidade do momento e a maioria dos profissionais da área adotavam os métodos "russos" e propagavam as maravilhas obtidas por eles.
Alguns questionamentos me fizeram seguir uma linha de trabalho híbrida combinando o que de melhor, havia chegado até das duas escolas de treinamento. Os significativos índices de determinados tipos de lesões em atletas das equipes nas quais atuavam os profissionais que mencionei antes, me fizeram conter a minha euforia pela nova filosofia que tomava contato. Mas o jogo das quartas de final da Euro 2008 voltou a me inquietar.
A seleção russa venceu a seleção holandesa, jogando da mesma forma que os holandeses se portaram quando venceram os italianos, franceses e romenos, mas a meu ver com um diferencial, a preparação física. O técnico da Rússia Guus Hiddink (ex-treinador da própria seleção holandesa) se utilizou do excelente nível de condicionamento físico de sua equipe para imprimir ao estilo holandês de jogar um “pressing”, que em muito lembrava o carrossel holandês de 1974, pela dificuldade que criavam para as outras equipes na saída de bola e jogo no meio de campo. A seleção holandesa iniciou o jogo sem conseguir imprimir seu ritmo e estilo habitual de jogo, devido ao “pressing” imposto pelo selecionado russo. A horizontalidade e velocidade características do estilo holandês foram anuladas por uma equipe que parecia se multiplicar no meio de campo, ocupando todos os espaços vazios e marcava individualmente o único atacante adversário, impedindo o ataque direto (ou ligação direta). Apesar dos holandeses terem equilibrado o jogo a partir dos vinte minutos da etapa inicial, não conseguiram romper ou atuar de uma forma que sequer lembrasse os seus jogos frente as seleções italiana e francesa. Na prorrogação ficou evidente a diferença no nível de condicionamento físico das duas seleções, enquanto a Rússia continuava na sua "multiplicação" defensiva e atacando em velocidade quando recuperava (ou tinha) a posse de bola. A Holanda tinha claras dificuldades em acompanhar o selecionado adversário nas ações defensivas ou sair em velocidade nos contra-ataques (mesmo quando estava em situações momentâneas de vantagem númerica).
O que será que decidiu o jogo em favor do selecionado russo? o fato de ter encarado os holandeses utilizando o seu proprio estilo de jogo (algo impensavel até então), o condicionamento físico claramente superior dos russos, ou os holandeses subestimaram os seus adversários? Quem melhor definiu o jogo foi o técnico do selecionado russo na coletiva que se seguiu ao final do jogo:
"Geralmente, a Holanda tem uma equipa impossível de dominar tacticamente, tecnicamente e fisicamente, mas nós tivemos êxito a fazê-lo nesses três domínios”.
Guus Hiddink
Iniciamos com este texto o nosso blog e lançamos um questionamento para ser debatido nas próximas postagens do blog do Arte nas Quadras:
" Como criar equipes que combinem um padrão de jogo fluido, criatividade, excelente condicionamento físico, bom nível de raciocinio tático e determinação tática?"
Este é o desafio para aqueles profissionais que trabalham na formação de atletas de futsal, especialmente nas categorias de base, independentemente do sexo dos atletas.

sábado, 14 de junho de 2008

Planejando uma pré temporada (periodização curta)

Após o primeiro período de preparação, realizado no primeiro trimestre) focado principalmente no aprimoramento da resistência muscular, VO2 máximo e força geral. No segundo semestre, o segundo período de preparação o nosso foco será na força explosiva e velocidade.
Enquanto no primeiro período de pré-temporada tivemos praticamente 70 dias de trabalho entre a preparação física propriamente dita e a a preparação técnico-tática, no segundo período teremos apenas 25 dias para aprimoramos fisicamente e corrigirmos as falhas apresentadas nas partidas amistosas e da competição alvo do primeiro semestre.
Apesar da significativa evolução da equipe nos aspectos físico e tático, a equipe dominava os adversários, mas cometia erros individuais que colocavam a perder todo o trabalho realizado até então na partida.
Neste período as principais atividades a serem realizadas serão tiros de percursos planos ou aclives (a depender da sessão de treinamento), associados a trabalhos de força explosiva com peso soltos (barras de halteres) e implementos (medicine ball entre outros).
Nas próximas postagens estaremos detalhando o processo de treinamento sessão a sessão com exibição no final do mês do planejamento previsto e o que foi realmente cumprido.