domingo, 14 de agosto de 2011

A derrota e o duro recomeço...

Levei quase uma semana até ter palavras que explicassem o resultado do jogo da semifinal de 07/08/2011. Não pelo placar adverso (a derrota frente a equipe do Colégio Integral), mas a forma como o mesmo ocorreu. Faltavam 40 segundos, estávamos em vantagem no placar e a equipe adversária havia estourado o limite de faltas (tiro livre que nos colocou em vantagem foi em decorrência disso).
Ainda assim sofremos um revés em pouco mais de sete segundos de jogo, dois gols, em sequência, mais rápido do que poderia formular alguma estratégia ou reorganizar a equipe em quadra.
Poderia culpar a arbitragem por ter marcado a discutível falta que originou a expulsão de Fabi e nos colocou em desvantagem numérica instantes antes (cinco segundos) do primeiro dos dois gols. Ou culpar uma de minhas atletas por não ter realizado uma movimentação defensiva de contenção que treinamos para situações como esta de desvantagem.
Quem sabe se não tivessem havido os desfalques de três atletas, se a goleira que começou o jogo não estivesse desconcentrada (e não conseguiu se encontrar na partida), se a marcação ofensiva tivesse funcionado a jogadora que desequilibrou a partida não teria encontrado tanta facilidade para jogar.
É diversas possibilidades e prováveis culpados, mas que não mudam o resultado da partida, nem o fato que o adversário ganhou com todos os méritos em cima dos nossos erros.
Tony Dugby tem uma citação no seu livro "Fora do comum" que se aplica perfeitamente ao nosso caso:
"No futebol americano, quando o time não está jogando bem, eu digo " Temos de voltar ao básico" numa referencia aos princípios fundamentais que nos permitem jogar com sucesso: bloqueio, ataque, corridas e recepções"
Com algumas alterações nos princípios fundamentais é disto que precisamos agora, voltar ao inicio para voltar a vencer.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Batalha nos Aflitos - 1ª parte

Esta postagem inaugura uma sessão do blog no qual os jogos dos grupos de competição do Arte nas Quadras são analisados imparcialmente pelo nosso corpo técnico. A nossa primeira postagem de analise dos jogos envolve o ultimo jogo do grupo de competição feminino, realizado no domingo dia 05/06/2011, que terminou com um custo muito ao para o Arte nas Quadras - a perda de duas atletas por lesões sendo uma delas grave com longo afastamento. O titulo descreve bem o que foi o jogo.
O jogo começou com o Arte nas Quadras marcando meia-quadra e saindo em velozes contra-ataques. A estratégia foi adotada diante do histórico entre as duas equipes ser amplamente favorável a ABF e da colocação da AnQ (Arte nas Quadras) no campeonato fazer do empate um bom resultado para permanecer na liderança. O jogo se mostrava favoravel ao AnQ tanto que até os 06 minutos do primeiro tempo a equipe adversária não havia realizado nenhuma finalização, contra várias da AnQ que obrigavam a goleira Danielle a se esforçar para manter o placar em branco. Porém aos 06:39 do primeiro tempo Fabiana Bastos (AnQ) interceptou uma bola cruzada por Bruna da ABF na ala esquerda do campo defensivo do Arte nas Quadras, e iniciou uma triangulação com Elaine (que estava posicionada no meio da quadra pela esquerda) e Luci (que perdeu a bola pelo meio que resultara na bola cruzada de Bruna) que dominou, avançou e dividiu com a goleira Danielle abrindo o placar no ginásio dos Bancários - AnQ 1x0 ABF. Com 07:50 do primeiro tempo a ABF consegue sua primeira finalização a gol com Carolina chutando travada por Fabiana. Dez segundos depois nova finalização de Carolina após escanteio, desta vez para fora. Aos 08:50 mais uma vez Carolina recebe passe longo de Danielle gira bate cruzado e a bola passa assutando a goleira Adriana (AnQ) que salta mas não alcança a bola que vai para fora. Nesse momento o técnico da AnQ, professor Ailson Santana, substitui Luci por Vitória. A ABF passou a equilibrar as ações em quadra, mas tinha de se expor por força do resultado aos contra-ataques do AnQ, que desperdiçava as chances de ampliar o placar. Novamente pela ala esquerda da defesa começou o contra-ataque que resultou no segundo gol. Samara (ABF) tenta uma finalização do meio da quadra, Fabiana trava o chute e a bola sai mascada. Vitória domina a bola na defesa, passa para Patrícia "Coco" e movimenta-se em velocidade na diagonal para a ala direita, iniciando a triangulação entre elas duas. Recebe a bola de volta, avança pela ala, dribla a goleira Daniele e passa para Patrícia "Coco" dominar e chutar com raiva para o gol vazio - AnQ 2x0 ABF. O segundo gol pareceu abater a equipe adversária (ver o técnico Carlos Dórea a direita na foto) que se esforçava para se encontrar em quadra. Por mais estranho que pareça a ABF passou a jogar melhor e pressionar o AnQ. Sheila finalizando de voleio quase sem ângulo proximo da linha de fundo, assustou Adriana que defendeu cedendo o escanteio. Com 16:40 Quessia (AnQ) finaliza após escanteio cobrado por Vitória, Danielle defende, mas na saída para o contra-ataque, Quessia intercepta passe de Samara e assiste Patrícia "Coco" que finaliza junto a trave, mas para fora. A ABF assusta mais uma vez aos 18:20 com Samara, que recebe passe de Carolina no meio da quadra, dribla Fabiana e chuta cruzado, assustando a goleira Adriana que cai mas a bola vai para fora. De tanto pressionar a ABF diminui aos 20:13 numa falha da goleira Adriana que saiu do gol, numa bola que Quessia fazia marcação sobre Samara, que girou e chutou fraco para o gol vazio (uma bola sem perigo que seria a goleira com facilidade) - AnQ 2x1 ABF. O gol incendiou a ABF que passou a sufocar o AnQ. Carolina aos 21:02 driblou Fabiana na entrada da área,mas esbarrou na goleira Adriana que saiu do gol para afastar o perigo. Carolina voltou a "assombrar" aos 21:34, finalizando de carrinho um passe longo de Bruna (ABF). Aos 24:25 Patricia "Coco" perde um gol incrível após um contra-ataque rápido, só ela e a goleira Danielle. Ambas as equipes desperdiçam inúmeras oportunidades de contra-ataque. Vitória quase antecipa uma bola lançada por Fabiana em lateral, mas esbarra em Danielle. A ABF ainda tem uma falta a seu favor proximo do final do jogo, mas Samara finaliza sem sustos para Adriana O primeiro tempo termina AnQ 2x1 ABF. O video do jogo pode ser visto no link abaixo. Já o segundo tempo será tema de uma nova postagem.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Novos uniformes para treinamento e corpo técnico

Hoje (06/05/2011) o Diretor Técnico do Arte nas Quadras, o Prof. Esp. Ailson Santana e a Diretora Administrativa do Arte nas Quadras, Antonia Celi receberam da Faculdade da Cidade as camisas que irão compor os uniformes 2011 dos grupos de competição do Arte nas Quadras. A entrega ocorreu na sala do departamento de comunicação e marketing da Faculdade da Cidade, onde a Coordenadora de Comunicação e Marketing Indira Nascinento, realizou a entrega em um clima de descontração e alegria. Na foto da esq. para dir. Antonia Celi, Indira Nascimento e Ailson Santana Os uniformes fazem parte do parceria firmada no final do ano de 2010, através da qual a Faculdade da Cidade apoiará as atividades do Arte nas Quadras. Na foto acima a Diretora Administrativa Antonia Celi segura a camisa dos membros do corpo técnico, a Coordenadora de Comunicação e Marketing Indira Nascimento segura a camisa do uniforme das goleiras do grupo de futsal feminino e o Diretor Técnico Ailson Santana segura a camisa dos uniformes dos atletas do futsal masculino. As camisas do unifome das demais atletas do futsal feminino (azul claro) não aparece na foto, mas em breve as próprias atletas apareceram com eles aqui no blog. Os uniformes serão entregues primeiro as atletas do futsal feminino, que se encontram no processo de preparação para a 5ª Taça Salvador de Futsal Feminino, que terá seu inicio no dia 15/05.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Reconhecendo a quadra....

Chegamos próximo do meio dia na cidade de Campo Grande (MS), onde seria realizado o 4º Campeonato Brasileiro de Seleções, categoria sub-20 feminino - 2ª divisão. Após nos acomodarmos no alojamento do Colégio Dom Bosco (local onde seriam realizados os jogos), ficamos aguardando o termino das aulas das escolas de iniciação esportiva do colégio para podermos realizarmos o reconhecimento da quadra de jogo devido as diferenças de piso e tamanho em relação as duas que utilizávamos para os treinos em Salvador.
Apesar as dimensões serem próximas das dimensões da quadra dos jogos do Campeonato Brasileiro nenhuma das duas quadras do ginásios utilizados na preparação da seleção baiana sub-20 feminino (a do Centro Educacional Edgard Santos e a o Clube dos Oficiais da Policia Militar) tinha o mesmo piso dela, feito de madeira.
A espera teve fim por volta das 23h e 30 minutos quando finalmente tivemos a oportunidade de realizar as atividades para reconhecimento da quadra (superfície e dimensões). O maior problema para o inicio das atividades foi as atletas se adaptarem a temperatura que fazia no local na hora das atividades, algo em torno de 18ºC, inverno rigorosíssimo para quem mora na Bahia.
Após um alongamento combinando exercícios estático e dinâmicos, as atletas realizam uma breve corrida de 05 minutos em ritmo forte.
O preparador físico da seleção baiana e diretor técnico do Arte nas Quadras Ailson Santana, ainda conduziu alguns trabalhos técnicos envolvendo as ações técnica passe/recepção e condução, antes que o técnico da seleção Carlos Dorea assumisse o comando das atividades e realizasse movimentações de triangulação com finalização encerrando os trabalhos antes da estréia no 4º Campeonato Brasileiro de Seleções, categoria sub-20 feminino.

domingo, 1 de maio de 2011

Elegia

Enquanto se comemora o vice-campeonato brasileiro de seleções, da 2ª divisão conquistado pela seleção baiana em Campo Grande (MS), vamos analisar em algumas poucas postagens os principais motivos/erros na opinião do corpo técnico do Arte nas Quadras, que impediram a esta brilhante geração de jovens atletas a conquista de mais um titulo nacional para o estado da Bahia. Inicialmente dividida em três partes intituladas:
  • A preparação;
  • A montagem do grupo;
  • Os adversários.
Tem por objetivo propor uma reflexão sobre o processo que culminou com o vice-campeonato, visando a preparação para o próximo Campeonato Brasileiro de Seleções a ser realizado em 2012. Uma vez que o vice-campeonato permitiu a promoção da seleção baiana a 1ª divisão, o que provavelmente implicará numa competição mais difícil e árdua pelo titulo.
Até a próxima postagem....

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Lições sobre formação de equipes (Livro Maestro e suas aplicações em equipes de futsal

Um livro que terminei a leitura no ultimo final de semana, Maestro de Roger Nierenberg, me fez retornar ao tempo em que as inquietações sobre a maneira como eram (e em muitos locais da Bahia ou do mundo ainda são) conduzidas a formação das equipes e o treinamento dos (as) atletas, me levaram a criar o Arte nas Quadras no final de 2005.
O pilar central da narrativa (que continuarei nas próximas postagens) é um modelo de liderança na qual cada individuo é estimulado a seguir não o lider, mas as ideias e os objetivos para o coletivo (grupo) decorrentes da "visão" que o lider tem para a tarefa a ser feita. A "visão" do lider para o grupo tem que ser algo desafiador, levando os membros da equipe a utilizar os talentos e habilidades para concretizar-la. O livro cita ainda o principal problema da liderança de grupos e equipes quando o líder (ou no caso o técnico tem uma atitude centralizadora - os atletas podem ser obrigados a aceitarem as ordens e instruções do tecnico, pode exigir obediencia por parte deles. Mas o líder não pode exercer esta mesma coerção para que que se entusiasmem com o treino (ou jogo), a serem criativos ou sentirem-se inspirados. O autor ainda cita "se você dá valor a essas coisas (o entusiasmo, a criatividade e a inspiração), é preciso que as pessoas se sintam donas do seu trabalho e, para isso, o líder deve ceder um pouco do controle a elas". Coisas sem as quais não é possível a realização do jogo competitivo do futsal. Quando duas equipes se equivalem nos aspectos fisicos e táticos, as possibilidades de vitória passam a residir nos desequibrios na organização tática, que possam surgir de situações 1v1. Situações que ocorrem frenquentemente no jogo competitivo e que requerem para a superação do adversário, além da habilidade individual do atleta, a criatividade e a inspiração. Sem estes três ingredientes teremos uma equipe com mecânica de jogo perfeita, mas provavelmente sem capacidade para arriscar e desequilibrar nos momentos que o adversário, jogar de igual para igual com ela. Além do risco de também ser uma equipe incapaz de virar resultados adversos. A maior preocupação do técnico neste paradigma é criar um ambiente no qual os atletas se sintam livres para criar, sugerir, assumir responsabilidades. E ele possa ainda assim passar a sua "visão" do padrão de jogo da equipe, fazer correções e instruir os atletas quando necessário. Alguns me dirão que a minha proposta é dificilima de ser implantada, mas se atentarmos ao significado da palavra maestro teremos uma noção que a tarefa não é tão dificil quanto parece. Em italiano o significado da palavra maestro é mestre, professor, tutor ou instrutor. Mas no final do livro Maestro de Roger Nierenberg um dos personagens explica a sutil diferença entre o significado do dicionário e a real função do maestro.
"Maestro não é aquele que lhe ensina todas as coisas de que você precisa para conseguir seu diploma nem é quem o treina em sua especialidade (...) este é o professore. Já o maestro é aquele que lança as bases para o aprendizado, que ensina principios e valores: a curiosidade em relação ao mundo, a confiança de que a educação sempre acaba por gerar liberdade, a coragem de lutar por algo maior do que simplemente satisfazer o apetite, os ideais que perduram por toda a sua vida"