quinta-feira, 26 de junho de 2008

Planilha de treino 25/06/2008

No retorno do recesso de São João (07 dias) teve inicio o processo de preparação para a segunda competição do ano de 2008.

Em um percurso de 50 metros dividido em dois sub-percursos, tendo um deles 30 metros e o outro 50 metros.

No trabalho combinado de força e velocidade, realizou-se um treinamento combinando exercicios de agachamento com tiros de curta distancia, visando simular as distancias comuns nos deslocamentos em quadra. O treinamento consistiu em:
  • 15 repetições do exercicio de agachamento simples + 15 tiros de 30 metros;

  • 15 repetições do exercicio de agachamento "a fundo" + 15 tiros de 50 metros.

Seguidos de exercicios para os grandes grupos musculares do tronco:

  • 15 repetições do exercicio supino reto;
  • 15 repetições do exercicio "pull-over" com medicinebol.

A parte de treinamento técnico basicamente se centrou em exercícios para aprimoramento do fundamento condução com variações de velocidade:

  • Condução da bola em um percurso de 30 metros (ida e volta) com realização da mudança de direção "stop and turn" (2 séries de 20 repetições);

  • Condução da bola como variação da velocidade em função das cores dos cones (acelerar no vermelho, reduzir nas outras), inicia-se em baixa velocidade nem percurso de 5 a 8 metros e depois acelera em um percurso de 10 a 12 metros (3 série de 15 repetições).





Finalizando realizou-se um educativo enfatizando a recepção, controle de bola e situações 1v1. (3 séries de 15 repetições).



domingo, 22 de junho de 2008

Preparação física: diferencial ou não?

Ao assistir o jogo Holanda x Rússia, valido pelas quartas de finais da Euro 2008, pude perceber que alguns questionamentos que me fazia anos atrás ainda são atuais.
Durante muitos anos mesmo após ter me formado sempre tive dúvidas sobre qual era o melhor modelo/metodologia de preparação para ser adotado por mim, no processo de preparação física das equipes em que era responsável pela preparação física. Quando me graduei em meados de 2001, as publicações sobre a escola russa de treinamento desportivo eram a novidade do momento e a maioria dos profissionais da área adotavam os métodos "russos" e propagavam as maravilhas obtidas por eles.
Alguns questionamentos me fizeram seguir uma linha de trabalho híbrida combinando o que de melhor, havia chegado até das duas escolas de treinamento. Os significativos índices de determinados tipos de lesões em atletas das equipes nas quais atuavam os profissionais que mencionei antes, me fizeram conter a minha euforia pela nova filosofia que tomava contato. Mas o jogo das quartas de final da Euro 2008 voltou a me inquietar.
A seleção russa venceu a seleção holandesa, jogando da mesma forma que os holandeses se portaram quando venceram os italianos, franceses e romenos, mas a meu ver com um diferencial, a preparação física. O técnico da Rússia Guus Hiddink (ex-treinador da própria seleção holandesa) se utilizou do excelente nível de condicionamento físico de sua equipe para imprimir ao estilo holandês de jogar um “pressing”, que em muito lembrava o carrossel holandês de 1974, pela dificuldade que criavam para as outras equipes na saída de bola e jogo no meio de campo. A seleção holandesa iniciou o jogo sem conseguir imprimir seu ritmo e estilo habitual de jogo, devido ao “pressing” imposto pelo selecionado russo. A horizontalidade e velocidade características do estilo holandês foram anuladas por uma equipe que parecia se multiplicar no meio de campo, ocupando todos os espaços vazios e marcava individualmente o único atacante adversário, impedindo o ataque direto (ou ligação direta). Apesar dos holandeses terem equilibrado o jogo a partir dos vinte minutos da etapa inicial, não conseguiram romper ou atuar de uma forma que sequer lembrasse os seus jogos frente as seleções italiana e francesa. Na prorrogação ficou evidente a diferença no nível de condicionamento físico das duas seleções, enquanto a Rússia continuava na sua "multiplicação" defensiva e atacando em velocidade quando recuperava (ou tinha) a posse de bola. A Holanda tinha claras dificuldades em acompanhar o selecionado adversário nas ações defensivas ou sair em velocidade nos contra-ataques (mesmo quando estava em situações momentâneas de vantagem númerica).
O que será que decidiu o jogo em favor do selecionado russo? o fato de ter encarado os holandeses utilizando o seu proprio estilo de jogo (algo impensavel até então), o condicionamento físico claramente superior dos russos, ou os holandeses subestimaram os seus adversários? Quem melhor definiu o jogo foi o técnico do selecionado russo na coletiva que se seguiu ao final do jogo:
"Geralmente, a Holanda tem uma equipa impossível de dominar tacticamente, tecnicamente e fisicamente, mas nós tivemos êxito a fazê-lo nesses três domínios”.
Guus Hiddink
Iniciamos com este texto o nosso blog e lançamos um questionamento para ser debatido nas próximas postagens do blog do Arte nas Quadras:
" Como criar equipes que combinem um padrão de jogo fluido, criatividade, excelente condicionamento físico, bom nível de raciocinio tático e determinação tática?"
Este é o desafio para aqueles profissionais que trabalham na formação de atletas de futsal, especialmente nas categorias de base, independentemente do sexo dos atletas.

sábado, 14 de junho de 2008

Planejando uma pré temporada (periodização curta)

Após o primeiro período de preparação, realizado no primeiro trimestre) focado principalmente no aprimoramento da resistência muscular, VO2 máximo e força geral. No segundo semestre, o segundo período de preparação o nosso foco será na força explosiva e velocidade.
Enquanto no primeiro período de pré-temporada tivemos praticamente 70 dias de trabalho entre a preparação física propriamente dita e a a preparação técnico-tática, no segundo período teremos apenas 25 dias para aprimoramos fisicamente e corrigirmos as falhas apresentadas nas partidas amistosas e da competição alvo do primeiro semestre.
Apesar da significativa evolução da equipe nos aspectos físico e tático, a equipe dominava os adversários, mas cometia erros individuais que colocavam a perder todo o trabalho realizado até então na partida.
Neste período as principais atividades a serem realizadas serão tiros de percursos planos ou aclives (a depender da sessão de treinamento), associados a trabalhos de força explosiva com peso soltos (barras de halteres) e implementos (medicine ball entre outros).
Nas próximas postagens estaremos detalhando o processo de treinamento sessão a sessão com exibição no final do mês do planejamento previsto e o que foi realmente cumprido.