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segunda-feira, 23 de março de 2009

Os pilares fundamentais para o sucesso nas escolinhas de futebol/futsal (escolas de formação) – 1ª parte

Alguns procedimentos no que tange a sistematização do processo de ensino-aprendizagem em “escolinhas” de futebol/futsal (ou escolas de formação como preferem os europeus) são fundamentais para o sucesso ao final deste processo. Quando nos referimos ao final do processo, temos em mente a qualidade do atleta/individuo formado após anos treinando/pertencendo aos quadros da “escolinha”. Mas erros conceituais e de abordagem fazem com que o processo na maioria das vezes se inicie e tenha a sua conclusão sem com que as potencialidades do atletas/indivíduos sejam plenamente exploradas ou desenvolvidas. O mais comum nas escolinhas é focar o aprendizado nos anos iniciais (a partir dos 08 anos) nos fundamentos técnicos, muitas vezes sem ênfase um fundamento técnico especifico ou um sistema de progressão do aprendizado, só a técnica pela técnica. Por sistema de progressão do aprendizado entenda-se como o seqüenciamento ou encadeamento de fundamentos técnicos, sendo que só se passa para o próximo estágio/fundamento quando já se domina o anterior. Alguns dirão que esta sistematização torna “pobre” e cansativa, a aula para o atleta/individuo. Além de dificultar a elaboração da aula/sessão de treino por parte do professor ou técnico responsável, uma vez que dependendo de como se sistematize (aí aparecem os erros conceituais e de abordagem) a variação de atividades se torna muito difícil. Ao tentarmos seqüenciar o processo de ensino-aprendizagem devemos ter consciência do grau de importância de cada dos fundamentos técnicos para a evolução e participação do atleta no jogo. Sendo o futebol e o futsal esportes coletivos os primeiros e mais importantes fundamentos técnicos são o passe e a recepção (ou controle de bola). Observamos na maioria das “escolinhas” de futebol/futsal brasileiras o foco no desenvolvimento da habilidade individual natural de cada jogador, ou seja, buscam maximizar o talento natural do atleta para uma determinada posição. Geralmente não há uma preocupação com o aprendizado técnico ou aprimoramento da técnica individual, quando isto ocorre é devido a uma “queda de rendimento” do potencial destaque da “escolinha” e apenas são focados neste trabalho os fundamentos técnicos nos quais ele tem apresentado deficiência. Quando o foco muda do individual para o coletivo, geralmente é por ter um grupo de atletas aparentemente menos dotado do chamado por muitos de “talento natural”. Aí acontece outro equivoco muito comum no Brasil, ao invés de buscar ampliar e aprimorar o repertório técnico destes atletas a ênfase passa a ser no “aspecto tático” no qual a marcação e compactação defensiva ganham destaque. Independente de qualquer um dos dois modelos que citei anteriormente, o trabalho a ser desenvolvido por um centro de formação/aprendizado tem de buscar sistematizar de modo coerente para possibilitar ao atleta/individuo o seu crescimento global. Não importando a sua aparente “habilidade” (ou como preferem alguns “talento”), pois é de conhecimento de todos que o desenvolvimento humano não se processa de maneira linear, e um atleta que aos 12 anos não apresenta boa desenvoltura em jogo pode depois aos 15-16 anos vir a se destacar mostrando um nível de jogo inimaginável para ele anos antes. Na continuação de pilares, começaremos a estruturar e mostrar como realizamos a sistematização no Arte nas Quadras.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ensino das triangulações em quadra - 1ª parte

Quando observamos o jogo de futsal buscando entender as movimentações e como ocorrem as jogadas fantásticas que acontecem na quadra, muitas vezes nos perguntamos como será que ele sabia que deveria estar ali? como eles se entendem tão bem em quadra se só começaram a jogar juntos este ano?
Algumas vezes isto ocorre devido a padronização do jogar (como dizem os portugueses) ou estilo de jogo, que muitos treinadores insistem em colocar em suas equipes, trazendo para isto as peças de sua equipe anterior ou jogadores com características similares.
O lado ruim do paragrafo anterior é que muitos treinadores não aproveitam os jogadores da base existentes nos novos clubes aonde chegam, que poderiam resultar no aprimoramento do padrão de jogo utilizado pelo treinador e diminuição dos custos com a montagem do plantel a ser utilizado na temporada, que poderiam significar lucros para o clube no final de uma temporada vitoriosa. Porém devemos ponderar que no nosso país não temos uma cultura de planejarmos a longo prazo, que imposibilita aos treinadores desenvolver os talentos vindos da base e mesclar-los com alguns jogadores mais experientes, visando montar equipes competitivas com custos não tão elevados.
Agora voltemos o foco ao assunto desta postagem o ensino das triangulações em quadra, muito atletas são preteridos nas equipes de base pela sua dificuldade não técnica, mas pela sua dificuldade em acompanhar a velocidade em que se desenvolve as ações de jogo na equipe na qual joga. Não me refiro aqui a velocidade como componente da preparação física e sim a velocidade de jogo segundo afirma José Mourinho (ex-técnico do Porto, Chelsea e atualmente na Internazionale):
" A velocidade tem dois aspectos que são completamente diferentes: a velocidade da bola e a velocidade dos jogadores. A velocidade da bola tem a ver com um bom jogo posicional, uma boa leitura de jogo, grande capacidade de utilizar indistitamente os dois pés, um bom primeiro toque, um bom controle e um boa qualidade de passe. Mais importante do que a velocidade dos jogadores sem a bola é a velocidade de circulação da bola."

Os autores do livro Mourinho - Porquê tantas vitórias tecem um comentário sobre a citação do técnico José Mourinho:

"O importante para José Mourinho é encontrar um velocidade coletiva, onde cada jogador terá de descobrir a sua própria velocidade. O treinar serve para isso mesmo: para o jogador descobrir a que velocidade máxima é capaz de ser preciso. quem não conseguir descobrir esta velocidade dará mais rapidamente a bola ao adversário e, isso sim, é o contrário de ser veloz!"

As triangulações são ações táticas que podem surgir naturamente entre jogadores que jogam, ainda que não taticamente (ver o futsal recreativo) durante muito tempo juntos e passam a perceber as repetiçoes nas ações técnicas e deslocamentos do companheiro (a).

O treinamento tático bem planejado e bem feito pode acelerar este processo quando o técnico ou responsável pelo treinamento técnico da equipe procurar estabelecer um bom jogo posicional (orientação do posicionamento em quadra) de modo aos jogadores desenvolverem a percepção do local aonde o companheiro deverá passar ou estar. Isto somado a capacidade de visão do jogo, que permitirá ao jogador de posse da bola encontrar alternativas quando a "via preferencial" estiver bloqueada ou inviavel para continuidade da situação tática.

Na continuidade desta postagem apresentaremos algumas variações das traingulações ofensivas para as equipes das categorias menores.

domingo, 20 de julho de 2008

Planilha de treino 15/07/2008

Aquecimento

  • Alongamento;
  • 05 minutos de corrida (em ritmo moderado) em local plano.

Preparação física 1ª parte (Ladeira externa ao Getulio Vargas)

  • 15 tiros em velocidade até a metade da ladeira (sobe correndo e volta para a base correndo [1], dar um intervalo de 1 min. entre cada tiro (ida e volta));
  • 15 tiros em velocidade até o topo da ladeira (sobe correndo e volta para a base correndo [1], dar um intervalo de 1 min. entre cada tiro (ida e volta)).

2ª parte

  • 2x30 abdominais reto;
  • 2x30 abdominais com rotação;
  • 2x10 flexões de braços (apoio).

Aprimoramento tático 01 Atividade 01 – Jogos situacionais (intervalo de 01 minuto entre as series) 1. Situações 2v1 (06 repetições de 3 minutos com alterações dos atletas); 2. Situações 3v2 (06 repetições de 4 minutos com alterações dos atletas). Aprimoramento tático 02 Atividade 02 – Jogo 5v4 com blocos de marcação tentando fazer o 2 [2] em 1, no homem da bola e sair em contra-ataque (10 min. cada grupo feminino) [3].

Treinamento de goleiro Pegada na bola

  • 2x20 Pegada baixa;
  • 2x20 Pegada média;
  • 2x20 Pegada alta.

Deitada em decúbito dorsal [4]

  • 2x20 Levantando (sentando) para pegar a bola chutada;
  • 2x20 (cada lado) Levantando (sentando) e depois caindo lateralmente para pegar a bola chutada.

Em pé

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho);
  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do abdome);
  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho) com deslocamento lateral.

[1] Correr na máxima velocidade possível na subida e na descida. Na mudança de direção não existe parada só um pequeno giro. [2] Equipe com 04 atletas (feminina), a equipe com 05 atletas fará marcação passiva. O grupo com 05 jogará sem goleiro, mas 01 dos 05 poderá também executar esta função. A equipe de 04 joga com goleiro. [3] Tentar repetir mais de uma vez. [4] Ensinar a posição de proteção para colisão com o adversário.

sábado, 19 de julho de 2008

Planilha de treino 19/07/2008






Aquecimento

  • Alongamento
  • 05 minutos de corrida em ritmo moderado (local plano)
Preparação física
  • 2x15 agachamentos com barra / 2x10 tiros de 20 metros;

  • 2x15 agachamentos ”a fundo”/ 2x10 tiros de 30 metros;

  • 2x15 supino reto;

  • 2x15 “pull over”;

  • 2x15 elevação lateral (goleiros).

Aprimoramento tático

Movimentação em quadra (rodizio pelas alas (quadrado, cruzada e losango)) - (06x10 min. cada grupo).






Treinamento de goleiro




Pegada na bola


  • 2x20 Pegada baixa
  • 2x20 Pegada média

  • 2x20 Pegada altas

Defesas altas [1]

  • 2x20 (nas três direções (direita,centro e esquerda) A bola é lançada para o alto e depois o goleiro salta buscando pegar ela no ponto mais alto .

Em pé

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho);

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do abdome);

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho) com deslocamento lateral.

Quedas(Educativos)

  • 2x20 Parada


  • 2x20 Com deslocamento

[1] Ensinar a posição de proteção para colisão com o adversário.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Planilha de treino 17/07/2008

Aquecimento

05 minutos de corrida (ritmo moderado) em local plano









Preparação física
  • 15 tiros em velocidade até a metade da ladeira (sobe correndo e volta para a base correndo [1], dar um intervalo de 1 min. entre cada tiro (ida e volta))

  • 15 tiros em velocidade até o topo da ladeira (sobe correndo e volta para a base correndo [1], dar um intervalo de 1 min. entre cada tiro (ida e volta))

[1] Correr na máxima velocidade possível na subida e na descida. Na mudança de direção não existe parada só um pequeno giro.



Aprimoramento tático 01

Atividade 01 – Jogos situacionais (intervalo de 01 minuto entre as series)

1. Situações 3v2 (04 repetições de 5 minutos com alterações dos atletas);
2. Situações 4v3 (04 repetições de 6 minutos com alterações dos atletas).







Aprimoramento tático 02

Atividade 02 – Jogo 4v5 com blocos de marcação tentando fazer o 2
[1] em 1, no homem da bola e sair em contra-ataque (10 min. cada grupo feminino)[2].


[1] Equipe com 04 atletas (feminina), a equipe com 05 atletas fará marcação passiva. O grupo com 05 jogará com goleiro. A equipe de 04 joga sem goleiro, para que seja consignado o gol o grupo com 05 jogadores deverá cruzar com a bola dominada uma linha demarcada a 08 metros da linha de fundo.

[2] Tentar repetir mais de uma vez.


Treinamento de goleiro

Pegada na bola

  • 2x20 Pegada baixa;

  • 2x20 Pegada média;

  • 2x20 Pegada alta.

Sentado [3]

  • 2x20 (cada lado) sentado e depois caindo lateralmente para pegar a bola chutada.

Em pé

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho);

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do abdome);

  • 2x20 Encaixe da bola junto ao corpo (bola baixa na altura do joelho) com deslocamento lateral.

[3] Ensinar a posição de proteção para colisão com o adversário.




sábado, 14 de junho de 2008

Planejando uma pré temporada (periodização curta)

Após o primeiro período de preparação, realizado no primeiro trimestre) focado principalmente no aprimoramento da resistência muscular, VO2 máximo e força geral. No segundo semestre, o segundo período de preparação o nosso foco será na força explosiva e velocidade.
Enquanto no primeiro período de pré-temporada tivemos praticamente 70 dias de trabalho entre a preparação física propriamente dita e a a preparação técnico-tática, no segundo período teremos apenas 25 dias para aprimoramos fisicamente e corrigirmos as falhas apresentadas nas partidas amistosas e da competição alvo do primeiro semestre.
Apesar da significativa evolução da equipe nos aspectos físico e tático, a equipe dominava os adversários, mas cometia erros individuais que colocavam a perder todo o trabalho realizado até então na partida.
Neste período as principais atividades a serem realizadas serão tiros de percursos planos ou aclives (a depender da sessão de treinamento), associados a trabalhos de força explosiva com peso soltos (barras de halteres) e implementos (medicine ball entre outros).
Nas próximas postagens estaremos detalhando o processo de treinamento sessão a sessão com exibição no final do mês do planejamento previsto e o que foi realmente cumprido.