segunda-feira, 23 de março de 2009
Os pilares fundamentais para o sucesso nas escolinhas de futebol/futsal (escolas de formação) – 1ª parte
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Treinamento de finalização - Milan Junior Camp Salvador

O treinamento desenvolvido por ele para está sessão é o objeto desta postagem no blog do Arte nas Quadras. A sessão de treinamento foi planejada para aplicação em três partes sem divisões na sua aplicação:
- Aquecimento;
- Educativos;
- Jogos situacionais.
AQUECIMENTO
Condução de bola com mudanças de direção, sendo de as mudanças realizadas na forma de um drible, conforme a relação abaixo:
- Estilo Cruyjff;
- Mudança brusca de direção (corte);
- Spin (ou 360º).
EDUCATIVOS
- Finalização com a bola parada (10 min);
- Finalização com a bola sendo jogada para frente e o aluno chutando no gol, após ela bater e rolar no chão (10 min.);
- Finalização com a bola seno jogada para cima e o aluno chutando chutando no gol, após ela bater no chão uma vez (10 min).
JOGOS SITUACIONAIS
- Situações 1v1 com goleiro e pressão do tempo (15 min.);
- Situações 2v1 com goleiro e pressão do tempo (15 min.);
- Situações 2v2 com goleiro e pressão do tempo (15 min.);
- Situaçoes 3v3 com dois goleiros e pressão do tempo (03 min. cada partida ou dois gols marcados/sofridos).
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008
O Pressing ou jogo dominante – 1ª parte
Diversos autores afirmam que o “pressing” ou marcação de pressão (como preferem alguns autores e treinadores brasileiros), surgiu na Holanda em meados dos anos 60 do seculo XX, por influencia de Rinus Michels (técnico do Ajax de Amsterdã e da seleção holandesa) tidos por muitos como o “pai” do Futebol Total.
O Futebol Total foi a sistematização do jogo de futebol que ficou conhecida mundialmente como carrossel holandês, cujo evento no qual se deu sua maior visualização foi a Copa do Mundo de 1974. Quando atribuo a este evento especifico a sua maior visualização, o faço porque pelo menos três anos antes esta sistematização (ou melhor, dizendo padrão de jogo), através do Ajax vinha dominando o futebol europeu (três Copas dos Campeões consecutivas, de 1971 a 1973), mas a velocidade de transmissão das informações na época só possibilitou sua “descoberta” no Mundial de 1974.
A meu ver o grande feito de Michels foi trazer para o jogo formal, a característica defensiva do futebol jogado nas ruas, tão comum antigamente e atualmente em vias de extinção. No futebol de rua normalmente as equipes atacam continuamente não há o recuo para que o adversário jogue (ou possa jogar), o referencial do jogo (ou se preferir objeto de disputa) a bola está em constante movimento, mudando de “dono” a cada lance (ainda que momentaneamente) a cada disputa.
As crianças não guardam posições não obedecem a esquemas ou padrões de jogo, apenas correm atrás do seu objeto de desejo no ambiente lúdico do futebol de rua. Mas inconscientemente durante o jogo na rua, eles têm comportamentos “táticos” definidos em comum acordo entre os membros do “time”. O mais hábil tecnicamente fica responsável fica responsável por criar/armar as jogadas ofensivas, mas tendo tanta responsabilidade defensiva (ou marcar como preferem alguns técnicos) quanto os demais. Aqueles de técnica “mediana”[i] também participam ativamente dos processos de disputa (posse/perda/recuperação) não se excluindo as ações de armação/criação. Transportando para a seleção holandesa de 1974, o mais hábil era o camisa 14, Johan Cruyjff e as demais peças da equipe seriam os nossos “medianos”.
Retornando ao futebol de rua podemos claramente perceber os elementos do “pressing” se analisarmos a vivência lúdica das crianças. Ao correr em massa buscando obter a posse da bola elas exercem a pressão zonal, ainda que inconscientemente. O portador da bola, por melhor que ele seja tecnicamente vê o espaço disponível para uma ação de desmacação, drasticamente reduzido e suas possibilidades de interação com os membros da sua equipe (time) igualmente reduzidas.
Na próxima postagem discutiremos o pressing no futsal e começaremos a analisar suas possibilidades/técnicas de ensino.
[i] Por técnica mediana entenda-se, o jogador não ser um virtuose e não um jogador de baixa qualidade técnica.
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Reflexões sobre a iniciação e formação de atletas de futsal no Brasil

“Como deve ser a creche esportiva dos iniciantes? Qual deve ser a forma de iniciação? Qual o caminho correto para poder jogar e possivelmente ter também uma carreira no esporte de alto nível? Há muito tempo essas questões se responderiam por si próprias. As creches esportivas eram em regra geral, a rua, os parques, as praças, os pátios das escolas, as praias, os campos, as várzeas etc. Habilidades como quicar a bola, receber, lançar, passar e chutar eram parte da motricidade geral e diária das crianças (...)”
Mas a meu ver o esporte quando pedagogizado deveria fornecer no nível de aprendizado bem mais que o ambiente empírico e experimental das ruas.
As escolas de iniciação dos clubes também não contribuem muito para a formação técnica e tática no futebol e futsal. Se a escola formal erra em não fornecer (pelo menos intencionalmente) nenhuma “bagagem” do ponto de vista da técnica e da tática, as “escolinhas” de iniciação eram em fornecer esta “bagagem” de maneira descontextualizada.
As necessidades mercadológicas com a “fabricação”, exposição e venda de jogadores cada vez mais novos transforma um método de ensino/aprendizagem que a meu ver já era controverso em inadequado para as necessidades da formação dos atletas das categorias menores. A isto soma-se a busca cada vez mais freqüente da carreira como esportista (destacando aqui o futebol e o futsal) como uma alternativa aos pais, pondo os seus filhos cada vez mais precocemente nas “escolinhas” de iniciação.
Novamente KROGER e ROTH (2006, pg. 08) trazendo transcrições de depoimentos dados a eles por atletas de destaque em varias modalidades esportivas entre elas o futebol, citam que as citações dos depoimentos servem de amostra para confirmar que muitos dos nossos “artistas da bola” eram jogadores universais, isto é não eram precocemente especializados como hoje.
Estas necessidades mercadologias fazem com que os professores e técnicos das categorias menores tenham uma preocupação excessiva com a tríade exposição/aquisição/assimilação dos conteúdos técnicos e táticos, por parte dos jovens atletas e alunos. Diante das limitações decorrentes da idade cronológica e maturidade biológica, opta-se pelo fracionamento dos mesmos em ações técnicas e ações táticas (lembram-se do método parcial?), mas sem tentar criar uma conexão entre ambas durante o processo de ensino/treinamento. Depois para compensar buscam tentar interligar-los por meio de atividades com foco no método misto ou os famosos “coletivos”.
O claro exemplo do fracasso desta proposta de ensino é o declínio técnico dos nossos jogadores e clubes de futebol. Muitos atribuirão isto ao êxodo dos jovens talentos do futebol nacional, mas esquecem que uma boa parte deles retorna depois de poucos anos, por não terem conseguido se adaptar ao estilo europeu de jogar.
A realidade é que não foi um caso de dificuldade de adaptação a um estilo tático, mas a incapacidade do jogador oriundo das “escolinhas” em realizar aquilo para o qual foi contratado, decidir as partidas e por o seu talento individual a serviço da equipe, algo que costumo chamar de inteligência de jogo.
E a razão pela qual isto acontece é clara, em nenhuma das duas situações (a escola formal e a de iniciação esportiva) a inteligência de jogo ou como preferem alguns o raciocínio do jogador/atleta não é desenvolvido.
Na primeira situação a inteligência de jogo não é desenvolvida, pois se na rua se aprende pelo elevado número de horas de prática (implicando em um altíssimo número de repetições), uma vez que na rua se joga por horas a fio, todos os dias. Enquanto na escola formal apenas 50 ou 60 minutos por semana.
Já na segunda situação o aluno/atleta na maioria das vezes tem toda a bagagem técnica (como fazer) e toda a bagagem tática (o que fazer), mas perde muito tempo decidindo qual das opções no seu “vasto” repertorio se encaixa na situação (quando fazer).
As alternativas a este problema começaremos a discutir na próxima postagem – O ensino das triangulações em quadra.
Referencias Bibliográficas:


KROGER, C. ROTH, K. Escola da Bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. 2ª Edição, Phorte Editora, 2006.
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